Queimados assistiu empolgada, no último dia 25, ao seu I Seminário de Memória e Patrimônio Histórico, uma realização da Secretaria de Educação da cidade e da Associação de Professores-Pesquisadores de História (APPH-CLIO).
O evento estava marcado para começar às 8h e, rapidamente o Teatro-Escola Marlice Margarida Ferreira da Cunha se encheu de pessoas: estudantes, pesquisadores, professores... gente ávida por saber um pouquinho mais sobre a sua cidade e [re]conhecer a importância do patrimônio histórico da região. A expectativa do público não se arrefeceu nem mesmo com a ausência de energia elétrica: imprevisto que durou boa parte da manhã. Ao contrário: o clima estabelecido pela penumbra foi mais um convite à reflexão sobre um tempo não muito distante, no início do século XX, quando em Queimados, as luzes de lampiões e velas eram as únicas alternativas à luz solar...
A despeito de tal imprevisto, a mesa foi composta e seguiu-se a Conferência de Abertura, proferida pela professora Marlúcia de Souza. De uma maneira lúdica - narrando um conto infantil - ela destacou a importância da construção e perpetuação da Memória.Após a fala da professora, o IPHAN, o IBRAM, o INEPAC e a UNIRIO, nas pessoas de seus respectivos representantes, os professores: Luciano Teixeira, Mário Chagas, Sérgio Linhares e Regina Abreu, ressaltaram a função das instituições de pesquisa e preservação do patrimônio cultural material e imaterial. Ainda na penumbra, os presentes foram se dando conta da multiplicidade de vestígios do passado que contam a história de sua cidade ou região e se sensibilizando quanto à necessidade urgente de seu reconhecimento e valorização.
A primeira etapa do seminário contou ainda com os professores José Cláudio, da UFRRJ, Ângela Roberti, da UNIGRANRIO,Tânia Amaro, do IH-CMDC e o Secretário de Educação de Queimados, Lenine Lemos falando da necessidade de que iniciativas como esta se multipliquem, principalmente entre os municípios da Baixada Fluminense.
Sinalizando o encerramento das atividades da primeira parte do evento, as considerações do Secretário de Cultura do município, Garret Bragança, articularam a trajetória de Queimados desde a sua emancipação, à exibição de vídeo sobre o desenvolvimento experimentado pela cidade recentemente.
Após a pausa para o almoço, o evento prosseguiu com as oficinas. Ao todo foram dez temas que foram trabalhados em diferentes salas da Escola Municipal Metodista. Nas oficinas, foram apresentadas novas perspectivas e debatidas algumas possibilidades para que a prática pedagógica seja enriquecida, levando-se em conta a questão da valorização e preservação do patrimônio. Sempre propondo uma abordagem pluridisciplinar, concluiu-se que essa questão pode e deve ser trabalhada nas escolas, desde as séries iniciais, estabelecendo um excelente nível consciência para as gerações futuras.
Ao final, concordamos que iniciativas como esta não podem deixar de existir...
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