sábado, 6 de setembro de 2014

Seminário Brasileiro de História da Historiografia: pensando as interações possíveis entre memória e ensino de história na cidade

Entre os dias 18 e 21 de agosto de 2014 ocorreu, na Universidade Federal de Ouro Preto - campus Mariana, o 8º Seminário Brasileiro de História da Historiografia, cujo tema dessa edição foi "Variedades do discurso histórico: possibilidades para além do texto." O evento, mais uma vez, oportunizou os debates entre pesquisadores vinculados à diversas instituições do país, como também trouxe contribuições de fora do país, como pudemos conferir por meio das conferências e palestras proferidas pelos professores Hans-Ulrich Gumbrecht (Universidade de Stanford), Hugo Achugar (Diretoria Nacional de Cultura do Uruguai), Jens Andermann (Universidade de Zurique), Antonis Liakos (Universidade de Atenas), Berber Bevernage (Universidade de Gent), Edoardo Tortarolo (Universidade do Piemonte Orientale), Elías José Palti (Universidade Nacional de Quilmes / Universidade Nacional de Buenos Aires) e Stefan Berger (Ruhr-Universidade de Bochum).
A professora Claudia expõe suas reflexões acerca do 
estudo das memórias e possibilidades para o 
ensino de história.
Com trabalho inscrito no Simpósio Temático 16 - Cultura histórica, história local e cidades: questões para a escrita e o ensino da história, coordenado pelos professores Daniel Pinha (UERJ) e Juçara Mello (PUC-Rio), a professora Claudia Costa apresentou sua comunicação, intitulada "Memória, Patrimônio Cultural e Ensino de História: discursos possíveis sobre a cidade de Queimados", na terça-feira, dia 19. O trabalho apresentado é parte das reflexões esboçadas pela pesquisadora ao final de sua dissertação de mestrado, defendida esse ano junto ao Programa de Pós-Graduação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. No decorrer de sua fala, a professora Claudia destacou os pontos de intersecção identificados entre as memórias queimadenses e as possibilidades de escrita da história dessa cidade, aspectos trabalhados em sua dissertação. Ao ampliar essa perspectiva, a professora Claudia também aponta o potencial educativo das memórias como forma de ampliar os recursos para uma didática da história local. Tal perspectiva alça, para o primeiro plano dos debates, a cidade enquanto espaço de investigação, onde as experiências nela vividas fazem parte de um processo educativo que extrapola os limites das salas de aula ou mesmo da escola. 
Completando esse dia de profícuos debates, as professoras Juçara Melo e Iamara Viana apresentaram os resultados parciais do trabalho implementado junto ao Instituto de Educação Carmela Dutra, em Madureira. Esse trabalho integra o projeto sobre Patrimônio Cultural e Ensino de História, coordenado pela professora Juçara Mello, através do Núcleo de Estudos em Ensino de História e Patrimônio Cultural, que pertence ao Departamento de História da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Esse projeto visa à integração do corpo docente e discente da referida unidade de ensino da rede estadual, promovendo reflexões sobre os significados, reconhecimento, usos e apropriações do Patrimônio Cultural do bairro de Madureira. Fechando a mesa de debates, a pesquisadora Danielle Cavalcante apresentou contribuições para o ensino de história a partir da experiência do Museu de Arte e História Rosa Faria, em Sergipe.
Professoras Iamara e Juçara 
(ambas da PUC-Rio):
projeto sobre Educação e
Patrimônio Cultural
Professoras Iamara e Juçara expõem 
 os resultados parciais, obtidos 
nas ações junto aos professores 
e alunos do I.E. Carmela Dutra.













Os demais dias de simpósio foram igualmente enriquecedores, com a apresentação de trabalhos que levaram em conta as interfaces estabelecidas entre os diversos tipos de objetos e práticas passíveis de patrimonialização e sua dimensão educativa. Por meio desses trabalhos, aguçamos nossa percepção acerca do polêmico tema da patrimonialização cultural, que vem ocupando grande espaço nos debates acadêmicos e não acadêmicos nas últimas décadas. Material ou imaterial, tangível ou intangível, percebemos que as questões que envolvem esse debate estão postas em diversos espaços: nas memórias, nos museus, nos bares, nas imagens...
Apresentação da professora
Beatriz Vieira (UERJ).
Professor Daniel Pinha (UERJ):
trabalho sobre Museu Itinerante
de Manguinhos











Professora Helena Araújo (CAp/UERJ)
aborda "A dimensão educativa do
Museu da Maré."

Nenhum comentário:

Postar um comentário