segunda-feira, 23 de setembro de 2013

II Seminário de Memória e Patrimônio Histórico de Queimados - imagens e narrativas orais: disputas e confrontos na construção de identidades

Professores Claudia Costa e Nilson
Henrique falam um pouco sobre a
proposta do evento, antes da abertura.
Dia 21 de setembro de 2013: um sábado de sol e muito calor em Queimados. Dentro do Teatro-Escola Marlice Margarida Ferreira da Cunha, o pessoal aguardava o início do II Seminário de Memória e Patrimônio Histórico de Queimados, uma realização da Secretaria Municipal de Educação de Queimados (SEMED-Queimados), do Núcleo de Estudos sobre Biografia, História, Ensino e Subjetividades da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (NUBHES/UERJ) e nós, do Pesquisa, Memória e História de Queimados. A proposta da segunda edição desse evento era discutir as possibilidades para a escrita e o ensino da história, a partir de novos olhares e abordagens sobre imagens e narrativas orais.

Solenidade de abertura do evento. Da esquerda para a direita: Prof. Nilson
Henrique, Prof. Dr. Luís Reznik, Profª. Drª. Márcia Gonçalves, Secretária
de Educação de Queimados Profª. Mírian Motta, o Prefeito Max Lemos,
Profª. Magaly Cabral, Prof. Dr. Paulo Knauss e Cel. Vasconcelos.  
Inspirada nessa perspectiva, a professora Magaly de Oliveira Cabral Santos, diretora do Museu da República, conduziu a conferência de abertura do evento. Durante sua fala, a professora Magaly compartilhou suas experiências como museóloga e educadora, mostrando que, muito mais que um espaço de guarda de documentos e outros artefatos históricos, os museus são espaços educativos. Dessa forma, a conferencista introduziu a discussão que perpassou os trabalhos da parte matinal do evento.
Prof. Nilson apresenta a mesa de debates, composta pelos
professores Luís Reznik e Paulo Knauss e mediada pela
professora Márcia Gonçalves.
A seguir, foi formada a mesa de debates com os historiadores Luís Reznik, professor da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP/UERJ) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e Paulo Knauss, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Diretor do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ). Contando com a mediação da professora Márcia de Almeida Gonçalves, coordenadora do NUBHES/UERJ, os professores Luís e Paulo expuseram um pouco de suas experiências com projetos que, a partir das reflexões sobre as memórias e o patrimônio cultural, apontam alternativas para a escrita da história local. Por meio da produção de material audiovisual, elaborada em conjunto com outros professores-pesquisadores e alunos-bolsistas no decurso desses projetos, os professores apostam no estreitamento da relação entre historiografia e o ensino de história. Ao final, o debate foi aberto e os participantes do evento
Professores colocam questões à mesa.
puderam propor perguntas e compartilhar inquietações e reflexões com os expositores.
Após pausa para o almoço do pessoal, o turno da tarde começou com as oficinas. Com temáticas variadas, mas sem perder de vista a proposta basilar do evento, professores-pesquisadores vinculados à diversas instituições trouxeram mais questões para fomentar o debate acerca dos estudos sobre memória, história, identidades e educação. Nem o forte calor, nem o terrível barulho, causado por um evento realizado na quadra esportiva ao lado do teatro-escola, abalaram o interesse dos participantes: professores e ouvintes se mantiveram atentos e dispostos a discutir um pouco mais, a respeito de suas experiências e práticas.
Oficina da professora Juçara Mello:
a discussão sobre o Patrimônio
Cultural foi um dos temas que
perpassaram as oficinas.
Encerrando o evento, a professora Márcia Gonçalves proferiu conferência, na qual chamou a atenção para a temporalidade disjuntiva das memórias e a importância da articulação entre as esferas local, regional, nacional e global, para a escrita da história. Essa conferência fechou, por volta das 18h, os profícuos debates iniciados durante esse dia. Entretanto, esses debates introduziram importantes questões que, certamente, nos ajudaram (ou ajudarão) a pensar e repensar a história da cidade de Queimados e da Baixada Fluminense, suas problemáticas e seus sujeitos. 
Esperamos que esse encontro tenha sido produtivo para os presentes que, mesmo em um sábado de sol e calor, compareceram ao evento e participaram das atividades. Esperamos, ainda, poder realizá-lo outras vezes...

Conferência de Encerramento, proferida pela Profª. Drª. Márcia de Almeida
Gonçalves.

Um comentário:

  1. Parabéns profª Claudia Costa, um belíssimo trabalho, tão enriquecedor que deveria ser realizado tantas outras vezes que nunca seria demais.
    Vocês do Patrimônio Queimados, professores Claudia e Nilson, conseguiram reunir professores, autoridades no assunto, pessoas que se dedicam a memória e ao patrimônio cultural, pessoas de fato comprometidas com a educação.
    Parabéns!

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