No bojo das comemorações pelo Dia da Baixada Fluminense, no dia 30/04, a Secretaria Municipal de Educação de Queimados lança o projeto Encontros e Conexões: [re]descobrindo histórias. Trata-se de um projeto pedagógico que vai possibilitar uma maior interação entre as disciplinas do currículo do Ensino Fundamental regular e, ao mesmo tempo, resgatar e valorizar as experiências da comunidade escolar, visando ultrapassar os limites de Queimados e englobar comunidades escolares de outros municípios que possam se identificar e, portanto, partilhar da mesma história coletiva.
Tal história, começa ainda nos tempos coloniais, quando houve a distribuição dos primeiros lotes de terra (sesmarias) nessa região. Nessa viagem no tempo, também passaremos pelos séculos XVII e XVIII, por entre capelas e fazendas; o século XIX, quando a região cresceu em importância, sendo uma área intermediária do escoamento da produção cafeeira, entre o Vale do Paraíba e o Porto do Rio de Janeiro; até chegar ao século XX, como importante área produtora de laranja e, recentemente, como município velozmente urbanizado.
Dessa forma, o projeto Encontros e Conexões: [re]descobrindo histórias propõe uma ação sistemática nessa direção, com ações de formação e incentivo à pesquisa junto à comunidade, que será desenvolvida a partir do seguinte plano de ação:
1ª etapa: Um curso sobre a História da Queimados e da Baixada Fluminense oferecido aos inscritos, com aulas aos sábados, num total de cinco encontros consecutivos. Nesses encontros, seriam ainda debatidas, as principais questões concernentes à História e Geografia Locais e à preservação do patrimônio histórico material e imaterial. No quinto e último encontro, seria realizada uma visita aos sítios históricos relevantes, segundo os tópicos abordados na formação em sala de aula.
2ª etapa: Após participarem da formação continuada, os participantes procederão à coleta de dados e fontes acerca da História Local e à produção de ensaios sobre aspectos dessa história. Para a execução dessa etapa, os grupos continuarão sendo supervisionados e orientados por professores/pesquisadores da equipe dinamizadora do projeto.
2ª etapa: Após participarem da formação continuada, os participantes procederão à coleta de dados e fontes acerca da História Local e à produção de ensaios sobre aspectos dessa história. Para a execução dessa etapa, os grupos continuarão sendo supervisionados e orientados por professores/pesquisadores da equipe dinamizadora do projeto.
Fazenda do Secretário, produtora de café, em Vassouras. |
3ª etapa: Considerando que outros municípios integram a mesma noção de História Coletiva e tecem (como outrora teceram) importantes relações com a região de Queimados, propomos nessa etapa, um intercâmbio entre a equipe de professores e alunos de Queimados e alunos e professores da cidade de Vassouras. A justificativa para tal escolha está ligada à inauguração da ferrovia, em 1858, que tinha como principal objetivo, escoar rapidamente o café que era produzido no Vale do Paraíba Fluminense.
4ª etapa: Todas as etapas de consecução do projeto serão devidamente registradas pelos participantes que, dessa forma, se sentirão envolvidos diretamente com a prática sistemática da pesquisa e das ações acadêmicas. Além disso, trata-se de uma oportunidade única de resgatar e valorizar experiências pessoais de pesquisadores e pesquisados, ambos atores da História Local. Portanto, os resultados obtidos ao longo das etapas do projeto serão expostos por ocasião do II Seminário de Memória e Patrimônio Histórico de Queimados, a ser realizado em 2012.
Lembramos que o projeto é aberto aos professores e alunos das redes pública e privada, bem como ao público interessado em saber um pouco mais sobre a história de sua cidade ou região. Maiores informações e inscrições na Secretaria Municipal de Educação de Queimados.
O que sobrou do, outrora próspero, Porto de Iguassu, usado no transporte do café que descia a serra, para o Porto do Rio de Janeiro. |
Ruínas da Fazenda S. Bernardino: o café também chegou à Baixada Fluminense. |
Estrada do Comércio: parte do trajeto do café, do Vale do Paraíba ao Rio de Janeiro, era feito por estradas como esta, antes do advento da ferrovia. |
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