A professora Claudia Costa inicia sua exposição, durante a realização de uma das mesas de comunicação do GT-Memória, história e subjetividades. |
Na tarde da última quarta-feira (26/06/2013), a emancipação de Queimados foi apresentada e tornou-se objeto de debates, durante o I Seminário de História e Cultura: historiografia e teoria da história, promovido pelo Programa de Pós Graduação em História, da Universidade Federal de Uberlândia. O trabalho, intitulado "A emancipação de Queimados - RJ nas narrativas orais: enquadramento das memórias e escrita da história" foi apresentado pela professora Claudia Costa, no decorrer da sessão sobre Biografia, História, Memória e Anarquismo. Essa sessão integrou o Grupo de Trabalho Memória, História e Subjetividades, coordenado pelo Prof. Dr. Gilberto Noronha. Completando essa sessão, o pesquisador Maicon da Silva Camargo expôs uma parte de seu projeto de mestrado sobre as cartas familiares de D. Francisco Manuel de Melo e as pesquisadoras Lucia Elena Brito e Ananda Maria Veduvoto, abordaram as questões atinentes às memórias dos moradores mais antigos da cidade de Frutal - MG.
Durante a apresentação, o professor Gilberto, coordenador do GT, faz apontamentos para o posterior debate. |
Ao longo da exposição, a professora Claudia buscou demonstrar um pouco do trabalho que vem sendo desenvolvido ao longo dos últimos quatro anos, em parceria com o professor Nilson Henrique, a partir do registro e análise das entrevistas com a população queimadense. Parte dessas entrevistas vem sendo usada pela professora Claudia, na elaboração de sua dissertação de mestrado junto à Universidade do Estado do Rio de Janeiro, sob a orientação da Profª. Drª. Márcia Gonçalves. Assim, esses relatos de vida têm sido importantes para a preservação e estudo das memórias de Queimados, com vistas à escrita da história da cidade.
Dessa forma, consideramos que a participação em eventos, como esse seminário, propicia o debate acerca de questões concernentes à tendências historiográficas e/ou teórico-metodológicas que, certamente, muito enriquecem nossa prática. A troca de experiências com pesquisadores de diversas instituições do país torna-se indispensável, além de se constituir em um exercício muito agradável. Por meio dessas oportunidades, constatamos que outras cidades do Brasil possuem pesquisadores que, assim como nós, se dedicam à investigação do passado através dos "fios e rastros" - para usar uma expressão do historiador italiano Carlo Ginzburg - que podem estar em vários lugares, notadamente nas memórias. Ouvi-las e torná-las objeto de estudos historiográficos tem sido nosso maior desafio durante os últimos anos. Saber que não estamos sozinhos, diante de semelhante desafio, é altamente motivador!
Ao encerrar a apresentação, começaram os debates: Queimados e sua história suscita questões e sugestões, integrando discussões muito profícuas. |
Obs.: As passagens para Uberlândia, que permitiram a participação da professora Claudia Costa nesse evento, foram custeadas com verba concedida pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (FAPERJ).
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